A professora Railda, do Partido dos Trabalhadores, foi a única liderança de Santo Antônio do Descoberto que lutou incansavelmente pelas famílias da comunidade Antinha de Baixo. Enquanto muitos desacreditavam e se mostravam indiferentes diante da situação, sem oferecer apoio ou sequer se manifestar em defesa dos moradores, Railda se manteve firme na luta para garantir os direitos de mais de 400 famílias que viviam sob a iminência de perder seus lares.
Sempre acreditando na causa e defendendo a permanência das famílias, Railda percorreu meses de articulações, buscando apoio de lideranças, deputados e autoridades. Hoje, comemora ao lado da comunidade o reconhecimento do Ministério Público Federal (MPF), que classificou a região da Antinha de Baixo como território quilombola e reforçou a necessidade de proteção especial à área.
Vale lembrar que agora cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se a competência sobre a região ficará a cargo da União ou do Estado de Goiás. Em trecho do parecer do MPF, emitido em 08 de agosto de 2025, a instituição destaca que a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que havia atribuído as terras à família Caído e outros herdeiros, “desconsiderou a natureza originária do direito quilombola à terra e a hierarquia das normas constitucionais”.
Essa é a segunda manifestação favorável obtida na Justiça pelos moradores da comunidade da Antinha de Baixo, que seguem firmes na luta pelo reconhecimento de seus direitos históricos e culturais.
