Ordem judicial para moradores da Antinha de Baixo deixarem as terras sob pena de prisão

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Cerca de 400 famílias que vivem na Comunidade Antinha de Baixo, em Santo Antônio do Descoberto, deverão deixar as terras nas próximas horas. A decisão judicial autoriza a retirada forçada das famílias, que vivem e produzem na região há décadas.

A ordem foi emitida pela juíza Ailime Virgínia, da Comarca de Santo Antônio do Descoberto, no último dia 7 de abril de 2025. O mandado de desocupação prevê o uso de força policial, se necessário, para garantir que a retirada ocorra com segurança e integridade física, principalmente de crianças, adolescentes e idosos que estejam no local durante o cumprimento da sentença.

A decisão também determina que, caso haja resistência, os envolvidos poderão ser presos em flagrante por desobediência à ordem judicial. Ainda não foi informado oficialmente o momento exato em que a ação de desocupação será realizada, o que aumenta a tensão entre os moradores da região.

Muitas das famílias vivem na Antinha de Baixo há mais de 20 anos. Além de residirem no local, elas também mantêm atividades de subsistência, como pequenas plantações e criação de animais. Com a proximidade da retirada, o clima é de apreensão, insegurança e desespero.

A comunidade tem relatado nas últimas semanas problemas emocionais graves, como ansiedade, insônia e crise de choro, diante da expectativa de despejo. A morte de uma moradora idosa, ocorrida recentemente, agravou ainda mais a situação emocional de quem permanece no local.

O espaço segue aberto para manifestações do Poder Judiciário, da Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto, da Defensoria Pública e de representantes da comunidade.

Outras matérias sobre a Antinha de Baixo estão disponíveis em nossa editoria de cidade.

Para entender seus direitos em casos de reintegração de posse, acesse o site da Defensoria Pública do Estado de Goiás.

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