O jornalista Ronaldo Santos, de Santo Antônio do Descoberto, compareceu no último dia 15 de maio ao Instituto Médico Legal (IML) de Águas Lindas de Goiás para a realização do exame de corpo de delito. O procedimento é parte da investigação que apura a agressão física sofrida por ele em frente à Câmara Municipal de Santo Antônio do Descoberto.
O caso, ocorrido no dia 13 de maio, ganhou grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo que mostra o momento da agressão. O autor foi identificado como José Sobreira de Oliveira Filho, conhecido como Zeca, de 43 anos, então servidor da Prefeitura Municipal, posteriormente exonerado.
As imagens divulgadas nas redes sociais têm levantado sérias suspeitas sobre a premeditação do ataque. De acordo com as análises iniciais, o vídeo foi registrado por alguém que estaria no mesmo veículo do agressor. A pessoa responsável pela gravação captou desde o momento em que Zeca se aproxima da vítima até sua volta para o carro, logo após a agressão. Isso indica que o ato pode ter sido planejado e possivelmente acompanhado por cúmplices.
O Jornal 14 de Maio recebeu, de forma anônima, denúncias com nomes de possíveis envolvidos que teriam acompanhado Zeca no veículo no momento do crime. As informações estão sendo avaliadas e devem ser encaminhadas às autoridades policiais para que sejam incluídas no inquérito conduzido pela Polícia Civil de Goiás.
A agressão, caracterizada por socos, tapas e até mesmo um golpe de mata-leão, deixou o jornalista com lesões visíveis, o que motivou a ida ao IML para realização do exame pericial. A documentação médica será anexada ao inquérito policial e poderá servir como prova material do crime de lesão corporal.
Agora, as autoridades aguardam o depoimento formal do agressor, José Sobreira de Oliveira Filho, que deve ser ouvido nos próximos dias. A expectativa é que ele forneça sua versão dos fatos e esclareça as circunstâncias que levaram à agressão, bem como o possível envolvimento de terceiros.
A sociedade e entidades de classe continuam acompanhando o caso com atenção, considerando a gravidade do ocorrido e o impacto que esse tipo de violência representa para a liberdade de imprensa e o direito à integridade dos profissionais de comunicação.