Falta de medicamento controlado na farmácia pública gera reclamação popular

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Moradores de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, têm enfrentado dificuldades recorrentes no acesso a medicamentos essenciais disponibilizados pela farmácia pública municipal, popularmente conhecida como Farmácia Popular. A escassez de remédios, especialmente os de uso contínuo e controlado, tem gerado indignação entre os pacientes e seus familiares, que dependem do sistema público de saúde para manter seus tratamentos em dia.

Uma das denúncias recebidas pelo Jornal 14 de Maio relata a ausência constante da pregabalina, medicamento amplamente prescrito para o tratamento de dores neuropáticas, epilepsia e ansiedade. A denunciante, que preferiu não se identificar, afirma que sua mãe faz uso contínuo do remédio e que não possui condições financeiras para comprá-lo nas farmácias particulares.

“Venho por meio desta relatar a falta constante de medicamentos essenciais e de uso controlado na farmácia pública de Santo Antônio do Descoberto. Entre os medicamentos em falta está a pregabalina, utilizada por minha mãe e por muitos cidadãos carentes do município. Essa situação configura uma violação do direito constitucional à saúde. Solicito providências urgentes para a regularização do fornecimento, bem como a apuração da causa da escassez e um plano de reposição dos medicamentos”, declarou.

O problema não se limita a um caso isolado. Segundo relatos, a falta de medicamentos tem sido frequente e já se tornou uma situação crônica. Pacientes relatam incerteza quanto à reposição dos remédios e afirmam que os funcionários da farmácia pública muitas vezes não têm previsão de quando os produtos estarão novamente disponíveis.

De acordo com o Artigo 196 da Constituição Federal, a saúde é um direito de todos e dever do Estado. A Lei nº 8.080/1990, que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), garante o acesso gratuito e integral a medicamentos essenciais. A ausência desses insumos compromete a continuidade dos tratamentos e expõe a população vulnerável a riscos à saúde.

A redação do Jornal 14 de Maio tentou contato com a Farmácia Popular para obter esclarecimentos, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Reforçamos que o espaço permanece aberto para manifestação da Secretaria Municipal de Saúde ou qualquer outro representante do governo municipal que deseje se pronunciar sobre o caso.

Enquanto isso, os moradores continuam aguardando uma solução definitiva para o problema, que afeta diretamente a qualidade de vida e o bem-estar de centenas de pessoas no município.

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