Um bebê de 1 mês e 20 dias faleceu na tarde deste sábado (17), por volta das 17h, no Hospital Municipal de Santo Antônio do Descoberto. O caso gerou comoção e revolta entre os pacientes que aguardavam atendimento na unidade.
Segundo relatos de pessoas que estavam no local, a mãe da criança chegou ao hospital por volta das 15h. Ainda assim, houve demora no atendimento, mesmo após dois retornos à triagem. Populares afirmam que a situação da criança parecia grave desde a chegada.
“A criança estava molinha. Eu disse para a mãe ir reclamar, senão a filha morreria ali mesmo”, contou uma mulher que aguardava atendimento desde às 15h30. Outro paciente relatou que a criança foi classificada como verde inicialmente e, apenas após insistência da mãe, passou para a classificação amarela. “Por que não atenderam logo?”, questionou.
Versão do hospital
A reportagem ouviu o diretor clínico do hospital, Dr. Igor, que apresentou a versão oficial da unidade. Ele afirmou que:
- A triagem da criança foi realizada às 15h36, e o atendimento médico ocorreu às 16h47;
- A mãe teria sido chamada três vezes e não compareceu;
- Os sinais vitais da criança estavam normais no momento da triagem, justificando a classificação verde. Posteriormente, a classificação mudou para amarela;
- Esta teria sido a primeira vez que a criança foi levada ao hospital;
- A mãe teria mencionado que o bebê tinha uma síndrome, mas não especificou qual.
Segundo o diretor, ele assistiu a um vídeo da criança mamando e observou um comportamento que não condizia com o de um bebê saudável, segundo sua avaliação. A causa da morte ainda é desconhecida e o corpo será encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Luziânia.
O caso gerou um clima de forte tensão no hospital. Alguns pacientes discutiram com funcionários e cobraram explicações sobre o fluxo de atendimento. Até o momento, não houve manifestação oficial da Secretaria Municipal de Saúde.
O espaço segue aberto para novas manifestações da família, da direção do hospital ou das autoridades de saúde.
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Para compreender mais sobre os protocolos de classificação de risco em hospitais públicos, acesse o portal do Ministério da Saúde.
