SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO (GO) – A Corregedoria da Polícia Civil do Estado de Goiás instaurou procedimento para investigar a conduta de uma autoridade policial lotada em Santo Antônio do Descoberto. A apuração ocorre após denúncia de suposta omissão na condução de um inquérito que investiga a agressão sofrida por um jornalista em maio de 2025, em via pública, nas proximidades da Câmara Municipal.
Segundo a denúncia, a autoridade responsável teria deixado de realizar diligências consideradas fundamentais para o esclarecimento dos fatos, como a oitiva de testemunhas, a análise de provas já constantes nos autos e a apuração de possíveis instigadores da violência praticada. A agressão, registrada em vídeo por populares, ocorreu à luz do dia, durante cobertura jornalística em frente ao prédio do Legislativo Municipal.
O caso gerou repercussão na cidade por envolver possível tentativa de cerceamento da atividade jornalística. A Corregedoria informou que todas as denúncias são analisadas conforme os procedimentos legais e que, havendo indícios de infração disciplinar, a autoridade envolvida poderá responder a processo administrativo.
Entidades de defesa da liberdade de imprensa e moradores locais acompanham o caso e cobram providências das autoridades competentes.
Nota Editorial – Pelo direito à verdade e à liberdade de imprensa
O Jornal 14 de Maio reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da liberdade de imprensa, do direito à informação e da integridade física e moral dos profissionais da comunicação. A apuração rigorosa de agressões cometidas contra jornalistas — especialmente quando praticadas ou acobertadas por agentes públicos — não é apenas um dever legal do Estado, mas uma exigência democrática.
Recebemos com cautela, mas também com firmeza, a notícia de que a Corregedoria da Polícia Civil do Estado de Goiás instaurou procedimento para apurar a conduta de uma autoridade policial de Santo Antônio do Descoberto, suspeita de omissão em inquérito que investiga a agressão sofrida por um jornalista em maio deste ano, em frente à Câmara Municipal.
Não se trata apenas de um caso isolado de violência. Quando a apuração dos fatos é negligenciada, abre-se espaço para a impunidade, o medo e a autocensura — elementos incompatíveis com qualquer sociedade que se pretenda livre e plural.
Confiamos que as instituições envolvidas agirão com independência, transparência e celeridade, honrando o que determina a Constituição Federal e o interesse público. Este jornal acompanhará cada etapa da investigação, não em nome de interesses pessoais, mas em nome da verdade, da justiça e da proteção do trabalho jornalístico como instrumento essencial da cidadania.
Redação – Jornal 14 de Maio
