Candidatos denunciam irregularidades no processo seletivo da SEDEST: “Trocaram minha pontuação”

Participantes relatam desclassificação injusta e favorecimento de recém-formados, mesmo com anos de experiência e pós-graduação.

Denúncias de possíveis irregularidades estão surgindo após um recente processo seletivo realizado para contratação em órgão público. Candidatos afirmam ter sido prejudicados por alterações indevidas em suas pontuações e por suposto favorecimento a participantes recém-formados, deixando de lado profissionais com mais experiência e qualificação.

Uma candidata, que pediu para não ser identificada por medo de represálias, afirma que enviou toda a documentação exigida, mas foi desclassificada sob a justificativa de que não havia cumprido a exigência. “Eu fui uma das participantes. Mandei as fotos, mas disseram que não enviei. Tenho print de uma pessoa que ficou em 4º lugar e que acabou de se formar. Não tinha como passar na frente de gente com anos de experiência, pós-graduação e muito mais”, relata.

Segundo ela, a situação não é inédita. No processo seletivo da área da educação, realizado anteriormente, afirma ter passado pelo mesmo problema. “Minha pontuação era 4,5 e me deram 200. Enquanto isso, pessoas recém-formadas assumiram minha vaga. Fiz recurso, mas não aceitaram”, conta.

Outra acusação envolve suposto nepotismo: uma candidata alega que uma pessoa ligada a um membro da administração ficou entre os 10 primeiros colocados, levantando suspeitas sobre a lisura do certame.

O caso levanta questionamentos sobre transparência, critérios de avaliação e mecanismos de recurso em seleções públicas. Especialistas lembram que a Constituição Federal assegura aos cidadãos o direito à impessoalidade e à igualdade de condições em concursos e seleções públicas, sendo passível de investigação qualquer indício de favorecimento.