Bolsonaro estuda apoiar Tarcísio e Ronaldo Caiado para a disputa presidencial de 2026

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Por Dr Gabriel de Angelis Bastos Pereira

Ex-presidente avalia cenários e nomes da direita para manter protagonismo político

Brasília – Mesmo inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue ativo nos bastidores da política nacional. De olho nas eleições de 2026, ele tem avaliado nomes que possam representar a direita e manter seu legado político. Dois nomes têm ganhado destaque em suas articulações: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Segundo aliados próximos, Bolsonaro vê em Tarcísio um herdeiro natural de seu projeto. Ex-ministro da Infraestrutura de seu governo e atual chefe do Executivo paulista, Tarcísio mantém um discurso alinhado à direita, mas com tom mais moderado, o que poderia atrair setores do centro e do empresariado. No entanto, sua filiação ao Republicanos, partido da base bolsonarista, mas com aspirações próprias, gera desconfiança entre bolsonaristas mais ideológicos.

Já Ronaldo Caiado, embora tenha se distanciado de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19, voltou a ser citado como possível alternativa viável, principalmente entre os setores mais conservadores do agronegócio e do interior do país. Com longa trajetória política, o governador goiano é visto como alguém com experiência para enfrentar o cenário polarizado das próximas eleições.

Bolsonaro ainda não bateu o martelo e deve intensificar conversas ao longo de 2025. A decisão final pode depender também do desempenho dos possíveis pré-candidatos nas eleições municipais deste ano, consideradas termômetro para 2026.

Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro mantém forte influência entre os eleitores de direita e deve ser peça-chave na definição do principal nome do campo conservador para enfrentar a esquerda, que tende a lançar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.

Lembre-se “Em medicina e na política 2+2 nem sempre é 4”

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