Bebê Reborn: A Brincadeira que Está Virando Doença.

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Por Dr. Gabriel, Médico de Família e Comunidade

Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos, começaram como uma brincadeira inofensiva, mas, para algumas pessoas, essa prática tem se tornado algo mais profundo e preocupante. O ato de cuidar desses bonecos, que exige atenção constante, pode inicialmente parecer uma forma de lidar com o desejo de cuidado ou de criar uma fantasia de maternidade/paternidade. No entanto, quando esse comportamento passa a ocupar grande parte da vida da pessoa e substitui vínculos reais, ele pode se transformar em um sinal de distúrbios emocionais.

O que era para ser uma diversão, muitas vezes, se torna uma obsessão, levando a uma distorção da realidade e dificultando a vivência de relações saudáveis. Esse comportamento pode estar relacionado a questões como solidão, traumas não superados ou dificuldades em lidar com emoções. Quando a pessoa começa a tratar o bebê reborn como se fosse real, ignorando as necessidades de interação humana genuína, é importante que busquemos uma abordagem terapêutica.

É fundamental que, como profissionais da saúde, compreendamos as raízes desse comportamento e ajamos de forma cuidadosa e respeitosa, oferecendo suporte psicológico para ajudar a restaurar o equilíbrio emocional e social da pessoa. A brincadeira com bebês reborn pode ser saudável, mas é necessário atenção quando ela se transforma em um mecanismo de fuga da realidade.

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