Participantes relatam exigências desnecessárias, desclassificações injustas e favorecimento de candidatos ligados a figuras políticas e gestores públicos.
Moradores de Santo Antônio do Descoberto voltaram a levantar sérias suspeitas contra a condução de processos seletivos realizados pelas secretarias municipais. Um relato encaminhado à nossa redação, com identidade preservada por segurança, expõe suspeitas de irregularidades que, segundo a denunciante, comprometem a lisura e a transparência na seleção de candidatos.
A participante afirma ter sido desclassificada por “falta de documento” em um dos cargos, embora tenha entregue exatamente o mesmo conjunto de documentos para outra vaga, na qual não foi apontada nenhuma pendência. Ela sustenta que toda a documentação foi numerada e assinada, conforme solicitado pelo edital, e que a exigência de cópias duplicadas e documentos que normalmente só são exigidos na posse do cargo seria, na sua visão, um artifício para eliminar candidatos.
“Já tinha a galera deles escolhida a dedo, mas fizeram isso para enrolar o povo. Conheço uma pessoa que está trabalhando na área da saúde e nem fez o processo seletivo ou, se fez, não passou, pois seu nome nem constava na lista”, relatou.
Segundo o depoimento, no momento da entrega de documentos, uma candidata foi instruída publicamente a enviar o protocolo de inscrição para um diretor municipal, o que, na sua visão, configuraria favorecimento. “Não é inveja ou perseguição, é um sistema que todo mundo conhece. Os nomes são sempre os mesmos, só a galera deles.”
A percepção de apadrinhamento e favorecimento reforça um histórico de desconfiança na cidade em relação aos certames públicos.
O jornal 14 de Maio está aberto e à disposição para quaisquer esclarecimentos do Poder Público Municipal ou órgãos que se interessem pelo assunto.
