Por Dr Gabriel de Angelis Bastos Pereira
GOIÁS – A cada movimento político nos bastidores, fica mais claro: Ronaldo Caiado, atual governador de Goiás, está cada vez mais distante de uma candidatura viável à Presidência da República em 2026. Com o cenário nacional embolado e sem apoio sólido, especialmente do PL e do clã Bolsonaro, o nome de Caiado começa a aparecer com força mesmo é para o Senado Federal.
Apesar de ter colocado seu nome como pré-candidato à Presidência, o isolamento político tem deixado o governador goiano numa situação delicada. O PL, partido de Jair Bolsonaro, tem sinalizado que não vai abrir espaço para Caiado. E sem o apoio da família Bolsonaro, que segue muito influente no eleitorado de direita, o projeto presidencial de Caiado fica cada dia mais inviável.
A situação complica ainda mais com o fato de que o partido de Caiado, o União Brasil, ocupa hoje de 3 a 4 ministérios no governo Lula. A grande pergunta é: o partido vai entregar esses ministérios para bancar a candidatura de Caiado contra o próprio Lula? Difícil acreditar. A política nacional tem seus códigos, e parece que a “casa” onde Caiado está hoje pode não sustentá-lo numa corrida presidencial.
Bolsonaro já foi direto: “O eleitorado de Goiás não é suficiente para eleger um presidente da República”. A declaração deixou claro que a simpatia por Caiado é, no mínimo, limitada — e, na prática, o PL deve fechar questão em torno de outro nome para 2026.
Diante disso, o caminho mais natural e sensato seria disputar uma das duas vagas ao Senado que Goiás terá em 2026. Caiado é experiente, tem trajetória como médico, senador e agora governador. Mas sua postura dura e pouca articulação com outras lideranças políticas do Brasil têm sido um obstáculo no tabuleiro federal.
O jogo muda — e uma vaga ao Senado pode ter dono
Com esse cenário, o nome de Caiado para o Senado cresce e ganha força. É uma cadeira estratégica, de grande visibilidade nacional, e permitiria que ele seguisse influente e com voz ativa em Brasília, sem o desgaste de uma disputa presidencial sem base.
A pergunta agora é: Caiado vai manter o sonho do Planalto ou colocar os pés no chão e garantir uma vaga no Senado, onde sua vitória seria mais provável?
O tempo e as costuras políticas vão dizer. Mas tudo indica que, se for ao Senado, Goiás já pode estar prestes a conhecer um de seus futuros representantes.
Lembre-se “Em medicina e na politica 2+2 nem sempre é 4 “